No Brasil, a cidade de São Paulo, que se notabiliza por atrair principalmente um tipo de viajante que também viaja a negócios, o setor de turismo, hospedagem e eventos despencou 6% quando comparados os resultados de 2015 com os de 2014.
Os dados, agora divulgados pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomércioSP), fazem parte Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) –e dão conta de que o turismo na capital paulista faturou no ano passado R$ 6,7 bilhões e que, apesar da crise, foi responsável por 2,6% da receita de serviços gerada em 2015 na cidade.
ANO OLÍMPICO SUBIU NO TELHADO?
Sem ministro efetivo desde que Henrique Eduardo Alves (PMDB) deixou o governo em apoio ao vice-presidente Michel Temer na luta encarniçada pelo impeachment da presidente Dilma, o Ministério do Turismo (MTur) divulgou que “intensificará a promoção do país como destino olímpico” junto a profissionais do setor de turismo.
Alberto Alves, o ministro interino, tem dito que seu objetivo é “sensibilizar agências, hotéis e guias e dos os demais envolvidos sobre as oportunidades do Ano Olímpico Brasileiro.”
Antes tarde do que nunca, pois os Jogos Olímpicos/Rio-16 acontecem em agosto e poderiam ser uma excelente janela de oportunidade para mostrar o turismo brasileiro ao mundo.
Não que, em geral, as Olimpíadas sejam uma panacéia para a indústria de viagens: em Londres, durante as Olimpíadas de 2012, houve queda de 12% no movimento de visitantes estrangeiros.
Eventos como Jogos Olímpicos têm público internacional cativo e aficionado, mas o turista que não viaja com esse propósito, tende a evitar datas em que as cidades-sede estão mais caras e mais cheias de gente.
Para atrair mais viajantes estrangeiros, o Brasil precisaria ter preços e serviços compatíveis com os destinos turísticos com os quais concorre. Mas, com uma crise que é política, econômica e sobretudo ética pela proa, quem é que está, no governo federal, realmente pensando estatégias público-privadas para fomentar o setor de turismo no país?