Fique de olho: está em curso uma nova “tunga” federal que deve encarecer (em muito) as viagens aereas.
Ardilosamente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está propondo às companhias de aviação que, paulatinamente, passem a cobrar por bagagem despachada.
Não bastassem a carestia, a sanha arrecadatória do governo federal e o dólar que sobe e desce ao sabor dessa infinita crise política, está para acontecer um enorme retrocesso nos direitos dos passageiros brasileiros.
Hoje no Brasil, os passageiros (ainda) podem despachar uma mala de até 23 kg nos voos domésticos e duas de 32 kg cada em viagens internacionais.
A proposta da Anac às empresas aereas é ir piorando progressivamente a situação do consumidor.
Segundo consta, o primeiro passo do plano consiste em aumentar o atual limite de peso da mala de mão que o passageiro pode levar na cabine de 5 kg para 10 kg –bagagem que, diga-se, raramente é vistoriada.
Mas não se deixa enganar com essa falsa benesse.
Em “contrapartida”, no futuro, nos voos nacionais, todas as bagagens despachadas passariam indistintamente a ser cobradas.
Já nos voos internacionais, a consequência seria bem mais gravosa e, ao invés de despachar duas malas de 32 kg cada (regra atual para bilhetes emitidos no Brasil), a franquia por passageiro passaria a ser incialmente de duas malas de 23 kg.
E, como sempre dá para piorar, até 2018, a Anac concederia às empresas aereas o direito de transportar nos voos ao exterior, sem ônus extra, apenas uma mala de 23 kg.
Já o seu direito…
Em todo caso, como mostraram as manifestações pacíficas deste último domingo (13), ainda resta ao brasileiro o “jus sperniandi”, ou direito de espernear, reclamar e protestar.
Mas, se nada for feito, é líquido e certo que o passageiro brasileiro logo mais vai passar a viajar para o exterior como uma única mala de 23 kg –e olhe lá, que sempre dá para piorar!