SeaWorld: o “Outro Lado” e você, é a favor de shows com orcas e golfinhos?

Por Silvio Cioffi

A assessoria de imprensa do SeaWorld na América Latina, na pessoa de Marjori Schroeder, discorda de informações postadas no blog  “Uma saída honrosa para o SeaWorld” em 18/11/2014.

Leia a seguir a íntegra do texto da representante do SeaWorld e, abaixo dele, o blog da discórdia:

“Escrevo mais uma vez para nos posicionar diante do conteúdo da publicação sobre os parques SeaWorld em seu blog. Mais uma vez, respeitamos toda e qualquer manifestação de opinião e conteúdo jornalístico, mesmo que esses estejam contrários aos valores e missão dos nossos parques. Por esse, motivo gostaria de esclarecer que esse e-mail não visa contestar ou  criticar qualquer opinião apresentada no post sobre o SeaWorld. Nosso objetivo é apenas apontar três informações equivocadas presentes no conteúdo. Acreditamos que em respeito aos leitores, seria de grande valia que esses tivessem acesso às informações corretas. Além disso, sabedores da sua atenção a este tema, temos certeza que terá grande interesse no conteúdo abaixo relatado:

– Expectativa de vida das orcas

Diferente do  publicado, o SeaWorld possui dados e suas respectivas fontes que mostram que as orcas dos nossos parques seguem a mesma média de expectativa de vida dos animais que estão no ambiente selvagem.

Em estudos revisados, os cientistas estimam que a média da expectativa de vida das orcas que vivem no Noroeste do Pacífico é de 30 anos para as fêmeas e 19 anos para os machos [1]. Já as orcas do Sudeste do Alasca, a longevidade máxima chega a 50 anos para as fêmeas e 30 anos para os machos [2]. Então, considerando esses dois habitats naturais e selvagens, as orcas fêmeas vivem em torno de 30 a 50 anos e os machos vivem cerca de 19 a 30 anos. O SeaWorld tem várias orcas que apresentam idades em torno dos 30 anos, e um de nossos animais está perto dos 50 anos.

[1] Olesiuk, P. 2012. Population biology of the resident ecotype of killer whale in British Columbia. Materials of the killer whale workshop, Suzdal, Russia.

[2] Matkin, C.O., J. Ward Testa, Graeme M. Ellis and Eva L. Saulitis. 2013. Life history and population dynamics of southern Alaska resident killer whales (Orcinus orca). Marine Mammal Science: 10.1111/mms.12049 

Para obter informações adicionais sobre este tema: http://seaworld.com/en/truth/killer-whales/lifespan/

– Infraestrutura dos habitats onde vivem as orcas do SeaWorld

Diferente do publicado, o bem estar das orcas do SeaWorld é garantido ao provermos um lar seguro, com tecnologia de ponta e repleto de atividades diárias. Os nossos habitats zoológicos estão entre os maiores do mundo atualmente. Eles são ambientes com milhões de litros de água salgada, a qual é continuamente resfriada e filtrada. O habitat das orcas do SeaWorld Orlando, por exemplo, conta com mais de 22 milhões de litros de água. Nós também temos uma equipe de especialistas dedicados a cuidar da qualidade da água e que estão disponíveis 24 horas por dia/7 dias por semana para garantir o bom funcionamento dos sistemas e  as condições da qualidade da água, que atendem e – muitas vezes – excedem os padrões federais.

A configuração das instalações nos permite manter a segurança e os mais altos padrões de cuidados de nossos animais. Nós investimos milhões de dólares em manutenção e melhoria desses habitats e, nos últimos três anos, foram investidos US$ 70 milhões nos habitats das orcas.

E, vivendo nestes habitats, nossas baleias demonstram todos os dias sinais de aptidão física, incluindo peso saudável, tônus muscular, eficiência respiratória, força e frequência cardíaca. Apesar de nossas baleias não viverem o mesmo estilo de vida dos seus homólogos selvagens, esta diferença não se traduz em bem-estar negativo. Por exemplo, a saúde de uma orca não depende das distância que ela nada. As baleias que vivem nos ambientes selvagens nadam longas distâncias para procurar alimento e explorar novos ambientes produtivos para sua alimentação. Nossos treinadores acompanham de perto a rotina de nossas orcas, assim como sua alimentação, exercícios e atividades de enriquecimento biológico .

Além disso, os animais no SeaWorld não enfrentam os mesmos desafios dos animais selvagens. Eles não estão sujeitos à fome ou poluição. Se eles estão doentes ou feridos, eles recebem cuidados veterinários. E, se um animal está passando por um problema médico, nossa equipe trata imediatamente essa condição através dos nossos programas de saúde e bem-estar.

Para obter informações adicionais sobre este tema: http://seaworld.com/en/truth/killer-whales/killer-whale-health-and-daily-care/

– Respeito à estrutura social das orcas

Graças às pesquisas inovadoras e décadas de trabalho, a população de orcas do SeaWorld vem procriando com sucesso uma prole saudável, que teve seu primeiro nascimento em 1985.

O sucesso deste programa de reprodução tornou possível para o SeaWorld  manter esses animais sob nossos cuidados e exibi-los ao público sem  a necessidade de captura no ambiente selvagem, fato esse que não ocorre há 35 anos.

Para ser mais preciso, apenas duas baleias que estão sob nosso cuidado foram capturadas na natureza pelo SeaWorld. Essas duas baleias estão completamente saudáveis até hoje e ambas deram a luz no SeaWorld. Uma delas, a Katina, foi a primeira baleia assassina a se reproduzir com sucesso em um ambiente de zoológico, e ela é agora a responsável por uma linhagem que inclui quatro gerações de orcas nascidas no SeaWorld.

A continuação do sucesso deste programa de reprodução depende dos nossos estudos e compreensão da reprodução das orcas, evidenciando o respeito pela sua estrutura social e observância permanente  das normas zoológicas reconhecidas internacionalmente

Para obter informações adicionais sobre este tema: http://seaworld.com/en/truth/killer-whales/family/ 

Fico à disposição,

Marjori Schroeder, relações públicas, SeaWorld Parks & Entertainment

 

E você, qual a sua posição em relação a esses parques norte-americanos que exibem shows com orcas e golfinhos confinados em tanques? Leia abaixo o blog da discórdia, “Uma saída honrosa para o SeaWorld”, e clique no trailler do documentário “Blackfish, Fúria Animal”. (SILVIO CIOFFI)